quarta-feira, 14 de outubro de 2009


A exposição MANUALIDADES apresenta desenhos de Fernanda Manéa, Júlio César Herbstrith, Rafael Pagatini, Roberto Bitencourt e Simone Rocha da Conceição. São experimentações em grafite, carvão, serigrafia, gravura, nanquim, acrílica, frotagem e aguada especialmente reúnidas para segunda Biebal B.


Abertura: 19 de outubro
Visitação: de 20 de outubro a 13 de novembro
Local: SESC Alberto Bins
Av. Alberto Bins, 665 - Centro - Porto Alegre

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Júlio César Herbstrith





Os desenhos foram concebidos a partir da combinação de fotos antigas de familia em ocasiões festivas com fotografias de pessoas desconhecidas em situações do cotidiano urbano, tentando imaginar os sentimentos das pessoas no momento em que são fotografadas, enfatizando seus rostos.

Simone Rocha da Conceição

No Silêncio da Paisagem : uma prática do desenho

Vivemos um constante bombardeio de informações. Um ruído que reclama ‘tudo ao mesmo tempo agora’, que acaba nos anestesiando e impedindo que possamos perceber pequenos sinais à nossa volta. Assim, a contemporaneidade tem enfrentado uma certa cegueira, onde ‘ter muito a ver embaça o olhar, o excesso cega’[i].
Como reverter esta anestesia instaurada na contemporaneidade se já não enxergamos mais nada? Seria possível comover o olhar tornando-o sensível novamente?

Roberto Bitencourt


O inusitado da forma, dos volumes, das texturas, trabalhados cegamente com diversos materiais oleosos, todos brancos ou incolores, sobre o papel branco, sofrendo a ação do acaso, da incerteza, da liberdade, nos traços e preenchimentos, tornando-se o reflexo de uma criação mental sem as referências habituais da cor e da forma propriamente ditas. Quase cegamente, supondo equilíbrio e harmonia sobre o que não pode ser controlado pelo sentido da visão. As distorções e irregularidades desse devaneio vem à tona provocadas novamente pelo acaso, incerteza e liberdade da revelação: partes isoladas agora são vistas. A ação da aguada, em diversos tons, amarrota o papel, toma conta de lugares que não são pensados. O liquido ora repelido, ora absorvido, como num jogo vai compondo com o que estava invisível, criando outra nuance, revelando ou escondendo qualquer pretensa intenção. O trabalho, por fim, se vale da falta de controle objetivo sobre o que está sendo impresso no suporte, ora porque não enxergo, ora porque não pinto e sim deposito a cor. Aqui caberia um princípio Zen adaptado ao ato de pintar: sou eu que pinto o quadro ou é ele que me pinta, envolvendo todos os elementos que se articulam na sua execução de forma equilibrada e presente mesmo na ausência? A busca desta sutileza, deste lampejo, de como dar um tiro com arco diretamente no centro alvo com os olhos vendados, e atingir resultados plásticos e estéticos convincentes motivam minha pesquisa.

Rafael Pagatini




Meu trabalho concentra-se na passagem, duração e experiência do tempo. Analisa o paradoxo de que uma porção de tempo passa devagar ou depressa dependendo das circunstâncias nas quais nos encontramos. Em Mãos, criei uma grande gravura em relevo em que as impressões apresentam uma imagem como que se extinguindo, deixando marcas. Penso como a sociedade tecnológica atua na relação do corpo com o tempo através da desvalorização das atividades manuais.

domingo, 16 de agosto de 2009


Desenho e Fotogrtafia: Fernanda Manéa
Técnica: Grafite sobre papel ph neutro
Dimensões: 105 x 63 cm
Ano: 2009

Desenho e Fotografia Fernanda Manéa (desenho também)
Técnica: Grafite sobre pepel ph neutro
Dimensões: 97 x 58 cm
Ano: 2009